A RAINHA MARGOT – La Reine Margot

Cartaz do filme A RAINHA MARGOT – La Reine Margot

Opinião

Noite de São Bartolomeu. Os católicos comemoravam na ruas de Paris a festa do santo, em 23 de agosto de 1572. O que era para ser festivo, terminou em massacre. Foram executados por baixo 30 mil franceses protestantes, os huguenotes, a mando dos reis católicos. É justamente este episódio descrito em A Rainha Margot, filme que venceu o prêmio do júri em Cannes e que conta, em detalhes, a podridão, as intrigas, as traições, os assassinatos em nome do poder e da realeza.

Isabelle Adjani (também em Camille Claudel, Mamute) é Margot, católica, irmã do rei que não manda nada, que é manipulado pela mãe Catherine de Médicis, invejado pelos irmãos mais novos. Na tentativa de por um ponto final no conflito entre católicos e protestantes na França, Catherine obriga a filha a casar-se com Henrique de Navarra, que era justamente protestante. Dias após o casamento, com todos os amigos do noivo em Paris, o massacre estrategicamente programado pelos católicos mata e degola milhares dentro do palácio do Louvre e em toda a cidade.

Figurino, cenário, produção impecáveis. Além da história ser muito boa – e de ser realmente parte da história – A Rainha Margot é um daqueles filmes sangrentos, épicos, com situações inimagináveis de envenenamento dentro da família, matança, fugas e uma Margot insaciável, percorrendo as ruas de Paris atrás de alguém para amar. Bem quando o circo está pegando fogo. Apesar de um pouco longo, é um retrato interessante e muito bem cuidado do que era fazer parte da corte naqueles tempos. Cabeças rolavam, literalmente, todos os dias.

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