O REGRESSO – The Revenant

Cartaz do filme O REGRESSO – The Revenant

Opinião

 O cinema do diretor mexicano faz um cinema marcante. Ano passado foi o grande vencedor com o filme Birdman – história realmente original sobre a um ator decadente. Mas tem também Amores Brutos (2000), 21 Gramas (2003), Babel (2006), Biutiful (2010) – todos fortes e intensos, com propostas de reflexão sobre as profundas questões humanas. Digo isso porque O Regresso é diferente. Não tem essa pegada existencialista. Tem de sobrevivência e de aventura e é, portanto, um filme mais hollywoodiano e de grande público.

Se Iñarritu deu a Leonardo DiCaprio o papel do caçador de ursos Hugh Glass – inspirado no explorador que viveu no século 19 nos Estados Unidos, profundo conhecedor da região e das rivalidades entre franceses, americanos e nativos – pra que ele finalmente ganhasse o Oscar, não importa. Fato é que o ator faz muito bem seu papel e merece ser reconhecido, até pelo conjunto da sua obra. Em O Regresso, indicado a 12 estatuetas, o que está em pauta é o sofrimento físico (seu corpo é dilacerado e fica a um triz de morrer) e psicológico (precisa recuperar a honra), e o diretor foca em cenas de ação e aventura, movidas por toda essa dor.

O enredo é o seguinte: Glass é um dos líderes de uma expedição para extração de peles, que é atacada pelos índios Arikara, tem sua equipe dizimada e os sobreviventes precisam fugir pelo território hostil do oeste americano. No caminho, ele é gravemente ferido por um urso, é abandonado pelo grupo e luta pra sobreviver e se vingar do traidor (Tom Hardy).

Dito isso, aproveite. A gente torce para que DiCaprio sobreviva aos desafios do caminho, aprecia a linda paisagem do filme e realmente pulsa junto com a trilha sonora que se encaixa lindamente na tensão e expectativa que o diretor constrói.

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