Opinião

Pronta Para Amar (de novo ‘amar’ na tradução do título!) tem algo que não pega. O talento de Kathy Bates (também em Foi Apenas um Sonho, Um Sonho Possível, Chéri, Meia-Noite em Paris) é desperdiçado e o excelente ator argentino Gael García Bernal (também em Diários de Motocicleta, Amores Brutos, Babel, Quebrando o Tabu) não tem qualquer química com Kate Hudson (também em Nine). Além disso, tenho que dizer que sua veia dramática não foi minimamente aproveitada. Uma pena. Não é o tipo de ator para esse tipo de drama, que mistura elementos desconexos para ‘fazer rir da tragédia de uma jovem com câncer’, sem qualquer profundidade. Ainda mais quando lembro da fórmula encontrada pela diretora Nicole Kassell para resolver os conflitos familiares por que Marley passa. Previsíveis e esperados. Outras situações são até patéticas, como sair para gastar o dinheiro do seguro de vida…

No entanto, acho que pode até tirar algumas lágrimas de quem conseguir se envolver com a trama. Afinal, estamos falando de uma situação trágica de morte, de perda, de dor. Mas falta consistência tanto no humor (do tipo para-ser-engraçado-precisa-falar-de-sexo), quanto no aspecto dramático. Não que você não possa se emocionar, mas depois não diga que não avisei. Aliás, dois minutinhos de trailer já dão uma amostra do que eu estou falando.

Estreia dia 16 de setembro nos cinemas.