A AVENTURA DE KON-TIKI – Kon-Tiki

Cartaz do filme A AVENTURA DE KON-TIKI – Kon-Tiki

Opinião

A história, por si só, já é incrível. Que tal navegar 8 mil quilômetros no Pacífico, do Peru à Polinésia Francesa, em uma jangada de madeira? Que tal imaginar essa expedição em 1947, bancada por uma turma que nunca tinha navegado antes? Pilotados pelo pesquisador Thor Heyerdal, essa tripulação – tão despreparada quanto aventureira – precisa chegar viva no oeste para comprovar a tese do norueguês: de que a Polinésia teria sido colonizada primeiramente pelo povo sulamericano, que teria embarcado nessa perigosa viagem perseguindo Kon-Tiki, o deus sol dos incas.

Cruzar o Pacífico usando os mesmos recursos que os incas usaram parece irreal. Mas Thor não teima em provar que está certo, constrói a jangada de madeira e parte para 101 dias de viagem. Quem viu As Aventuras de Pi vai fazer a ponte entre os dois filmes: à deriva em alto mar, a tripulação se depara com momentos de tensão, e outros de euforia. Além, é claro, de todas as belezas e perigos inerentes a esse tipo de viagem. Mas é preciso dizer que a produção tem ritmo, conta uma história real e inacreditável e é bem bacana.

As Aventuras de Kon-Tiki perdeu a estatueta do Oscar de melhor filme estrangeiro para o francês Amor, no ano passado. Boa pedida para adolescentes, ávidos por aventura, só que diferente dos nossos dias. Nos anos 40, as mensagens a bordo dependiam de uma rádio mequetrefe e de um telégrafo, sem que qualquer possibilidade de socorro pudesse chegar a tempo. Para uma geração acostumada com todas as facilidades e benesses da tecnologia atual, viajar numa jangada de madeira parece coisa do outro mundo. E é.

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