A MULHER INVISÍVEL

Cartaz do filme A MULHER INVISÍVEL

Opinião

” – Você não queria uma mulher ideal? Eu posso não ser real, mas eu sou ideal. 

– Como eu fui ingênuo: mulheres ideais não existem. A própria palavra já diz: ideal, aquilo que só existe na ideia.”

Esse diálogo entre Pedro (Selton Mello, também em Jean Charles) e Amanda (Luana Piovani) ilustra bem a situação: depois de uma baita fora da mulher amada (Maria Luiza Mendonça), Pedro não suporta mais cair em roubada, nem ir a baladas. Pega um atalho e se imagina tendo um tórrido romance com uma mulher perfeita. Só que extrapola os limites da imaginação e acredita, piamente, que ela existe. Mas enlouquece e é claro que isso não dura – quando se apaixona por uma mulher real, custa a acreditar que tudo não passa de uma loucura da sua mente insana – mais uma vez.

Selton Mello é ótimo e constrói situações engraçadas durante a história. Conta com as caras e bocas de Fernanda Torres, Vladimir Brichta e Maria Manoella, também superbem. Uma comédia nacional bacana, despretenciosa e romântica. De sobra, lança uma pergunta que não quer calar: o que seria das roubada amorosas se as pessoas não fossem capazes de criar seres ideais?

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