BEETLEJUICE BEETLEJUICE

Cartaz do filme BEETLEJUICE BEETLEJUICE

Opinião

Há 35 anos, Tim Burton contou a história divertida de BEETLEJUICE, um fantasma transtornado e caótico que é chamado pra colocar ordem numa casa em que mortos e vivos não estão se entendendo. Beetlejuice parecia ser o fantasma perfeito para que os antigos moradores (Barbara e Adam Maitland, já mortos) consigam expulsar os novos moradores, os vivos, da casa de Winter River onde moraram a vida toda. Acontece que os Maitland não contavam com um detalhe: Lydia, a filha adolescente, consegue ver os mortos e se comunicar com eles. Claro que a confusão está armada.

Agora Tim Burton vem com a sequência e BEETLEJUICE BEETLEJUICE é o filme de abertura do 81º FESTIVAL DE VENEZA. Winona Ryder, Michael Keaton, Catherine O’Hara continuam no elenco, retomam a trama depois deste tempo, mostrando que a vida seguiu seu curso — claro que com os mortos ao redor. Mas novos personagens são chamados e dão frescor à história cheia de referências tanto aos anos 80 quanto às redes sociais, na música e nos relacionamentos, provocando uma identificação imediata — mesmo quando estamos no mundo dos mortos. Monica Bellucci é a mulher que se refaz apesar — ou por causa — das cicatrizes; Jenna Ortega é Astrid, uma adolescente simplesmente sendo adolescente, mostrando a universalidade desta fase da vida. Ou seria da morte? Aliás, é ela quem vai começar a nova aventura.

Mortos assombrando vivos e vice-versa com humor e muita imaginação, inclusive usando animação pra explicar o paradeiro de um personagem. Aliás, eu diria que o que chama a atenção em mais um filme-fantasia de Tim Burton são: a criatividade na criação dos personagens, a direção de arte e um texto antenada com as questões da atualidade. Se um filme como este combina com Veneza? Eu inverteria a pergunta: por que não?

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