CHURCHILL
Opinião
O fato histórico, sobre a postura do primeiro-ministro britânico contrária à estratégia de ataque do Dia D, é o que menos importa aqui. Esse é o gancho para fazer um recorte profundo da figura humana de Winston Churchill, como um homem traumatizado pelos fracassos da Primeira Guerra, moldado pela amargura da vida e pela rigidez de comportamento, mas determinado a não colocar o futuro da nação em risco. Personagem histórico complexo, foi o líder de extrema importância nas questões que determinam a Europa como ela é hoje.
Diante da supremacia alemã, os Aliados precisam tomar uma decisão e os dias estão contados: invadir a Normandia ou não, pelo Canal da Mancha, num ataque surpresa, quando o tempo e a maré estão a seu favor, numa tentativa de expulsar as tropas de Hitler e, a partir daí, começar a ofensiva. Do mesmo diretor de Uma Longa Viagem, Churchill, o filme, mostra o momento em que os Aliados, liderados pelos Estados Unidos, travam a estratégia de ataque e Churchill se posiciona contra.
Dunkirk é outro filme que mostra seu papel de liderança, quando foi preciso convocar os civis para ajudar a resgatar soldados Aliados na praia de Dunquerque durante a guerra. Churchill mandava soltar e mandava prender. Só se curvou diante do rei George VI naquele momento, quando ele justificou que seu papel era liderar e não se arriscar embarcando com os soldados nos navios do Dia D. Sem falar da importância da sua mulher – o que reforça, ainda mais, o caráter humano do retrato do homem que passa por problemas e dificuldades, misturando o público e o privado como qualquer outro mortal.
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