HUMAN FLOW – NÃO EXISTE LAR SE NÃO HÁ PARA ONDE IR

Cartaz do filme HUMAN FLOW – NÃO EXISTE LAR SE NÃO HÁ PARA ONDE IR

Opinião

Tudo impressiona em Human Flow: a movimentação sem rumo das pessoas pelo mundo, a quantidade de gente, o semblante desesperado dessa gente. As tomadas aéreas, a beleza da natureza, a sensibilidade do diretor chinês, que mostra, com força, como somos e estamos desequilibrados.

Human Flow é bem isso: fluxo humano. São 65 milhões de pessoas fora de seus países, sendo que, em média, um refugiado passa 26 anos longe de casa. Muitas vezes, nem volta. Saiu fugindo da guerra, da fome, da miséria, da violência. É gente que sofre perigo de vida. Questão de vida ou morte e vão atrás de dignidade e sobrevivência. Não obrigatoriamente nessa ordem.

Curioso que só na América do Sul é que não há deslocamento de pessoas nesse nível. Sinal de que, de alguma forma, estamos um pouco mais equilibrados. Talvez até por isso pudéssemos fazer mais por tanta gente sem esperança.

Este documentário tem um subtítulo interessante: “não existe lar se não há para onde ir”. Estou aqui pensando, tentando imaginar o que é não ter pra onde ir, nem pra onde voltar, e às vezes nem pra quem voltar porque a família já nem existe mais. Dá pra imaginar com certo esforço, mas sentir é outra coisa. Não deve ter sofrimento igual.

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