KARATÊ KID – The Karate Kid

Opinião
Exceto pelo fato de o protagonista Dre Parker não lutar karatê, mas sim kung fu, a releitura do sucesso de 1984 é um bom programa para ver em família. Como em geral não conseguimos diferenciar cada uma das artes marciais, esse pequeno detalhe não chama a atenção – embora seja falado várias vezes no filme pelo aprendiz e seu mestre, Sr. Han. O novo Karatê Kid presta homenagem ao original em vários momentos, mas como qualquer adaptação, gera comparações e saudosismo. Mas achei divertido, foi aprovado pelo público infanto-juvenil e tem, afinal de contas, aquela mensagem importante de ‘sempre dar o melhor de si’.
Desta vez o garoto é representado por Jaden Smith e seu mestre por Jackie Chan. Desta vez o menino cruza o oceano com a mãe e vai parar na China, onde enfrenta as dificuldades que qualquer adolescente enfrentaria num país diferente na adaptação escolar, no idioma, nas amizades e inimizades. Ainda mais na China.
Embora seja a China turística e maquiada, o filme mostra alguns costumes, a Muralha da China, a Cidade Proibida, a rigidez da educação, a dificuldade da língua, a tradição das lutas marciais. Universal é o bulying da não-aceitação, a amizade, a língua internacional dos celulares, dos sinais e da amizade. É um programa gostoso com as crianças. Agora, se o saudosismo foi muito, por que não rever o Karatê Kid dos anos 80 e fazer um paralelo com os dois olhares? Concordo que Pat Morita é melhor como mestre e que ele realmente pega a mosca com os palitinhos. Mas fica a dica para um bom começo de conversa, para uma saudável comparação das duas visões e para uma releitura, agora em família.
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