NÓS ESTRANHOS DESCONHECIDOS – ALL OF US STRANGERS

Cartaz do filme NÓS ESTRANHOS DESCONHECIDOS – ALL OF US STRANGERS

Opinião

Já sentiu saudade do que você não viveu? Eu já. TODOS NÓS DESCONHECIDOS traz esse sentimento do começou ao fim, mesclado com melancolia e, claro, com o processamento intenso e profundo do luto. Belo e sensível, um filme que não é para qualquer hora, mas é para todos.

O “desconhecido” do título pode ter vários rostos. Vejamos: Adam é um roteirista de série de tv. Mora sozinho, mas o principal é que habita sua solidão particular. No seu prédio, não há praticamente ninguém. Avista-se Londres e um outro morador, Harry, que também é só. Rola romance, mas com cautela. Adam tem medo de se entregar. A vida o distanciou dos pais muito cedo e sofrer a perda de alguém mais pode ser insuportável.

A cautela vai dando espaço pra lindos diálogos entre Adam e Harry; os silêncios vão ajudando Adam a retomar a relação com os pais de onde parou. Revisita sua casa, pai e mãe, as ausências e os medos da infância. Imagina como seria conversar sobre sua sexualidade, suas inseguranças, o futuro que não tiveram.

Melhor que as revelações sejam desconhecidas pra você que ainda não teve a sorte de não ler spoilers por aí. Faz toda a diferença e torna a atuação de Andrew Scott, Paul Mescal, Claire Foy e Jamie Bell ainda mais especial.

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