O PLANETA DOS MACACOS – A GUERRA | War for the Planet of the Apes

Cartaz do filme O PLANETA DOS MACACOS – A GUERRA | War for the Planet of the Apes

Opinião

A metáfora da franquia Planeta dos Macacos, que começou em 1968, é sobre empatia. Ou melhor, sobre a perda da nossa capacidade de ser empático com o outro, de se colocar na posição daquele que é diferente, de outra raça, religião, cultura. Quem disse isso foi Andy Serkis, que passou pelo Brasil pra promover o filme. Deu entrevista, todo simpático. E fez diferença. Engraçado dizer isso, mas humanizou o filme dominado pelos macacos e principalmente seu personagem, Caesar, o líder.

“As alegorias que nos ajudam a falar da condição humana são importantes pra avaliarmos nosso comportamento”, disse ele. Claro, já que este é o terceiro filme (os outros são O Planeta dos Macacos – A Origem e O Confronto), que fecha a trilogia sobre uma espécie de macacos que é geneticamente modificada, ganha inteligência praticamente humana e espalha pelo mundo um vírus que deixa os humanos mudos. Ou seja, um caos. Na luta pela dominação, poder e conquista de território, sobra intolerância, morte e devastação – das espécies e do meio ambiente. Soa familiar, por isso a observação de Serkis sobre a alegoria. O filme propõe essa reflexão sobre o comportamento humano e onde pretendemos chegar com tanta disputa.

Pensar nisso é possível graças à tecnologia de performance capture, em que os atores realmente representam seus personagens-macacos, vestidos com trajes cheios de sensores que captam seus movimentos e expressões faciais. Depois, os técnicos os “vestem” digitalmente com as pele do animai. É perfeito, passa a nítida sensação do sofrimento e da compaixão, e de que “os personagens não são preto-no-branco, estão cheios de zonas nebulosas”, como disse Serkis. Eles se transformam. E é essa a grande chave: transformar, criar soluções simples para os conflitos. “O ato de contar histórias é uma ferramenta para nos salvarmos, para olharmos para nós mesmos e criarmos soluções mais simples para os conflitos.” Sim, conflitos que nós mesmos criamos e deixamos de resolver. Caos armado – também no plano animal.

 

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