Opinião

A ideia é boa: qual tal encontrar com você mesma vinte anos mais nova e ter a chance de dar conselhos e não repetir os mesmos erros? Ou com você vinte anos mais velha e pegar alguns atalhos, já sabendo em quais roubadas se meteu? As duas personagens são Margot, só que em dois estágios da vida – então, faz todo sentido: Quando Margot Encontra Margot.

A ideia de não se parecerem fisicamente também é boa – a jovem é ruiva, a quarentona, loira. Forçar a semelhança física seria demais da conta e tem mais chance de o filme pegar pela trajetória dessas duas mulheres que são – ou eram, ou serão? – a mesma pessoa em algum momento.

Mas o encontro das Margots não tem muito brilho, apesar das boas ideias e dos diálogos entre elas sugerir que talvez exista outra forma – melhor – de fazer a mesma coisa. Vai naquela toada do tempo que passa e ajuda a cair algumas fichas. Sem nada de muito especial, são simpáticas, as Margots.

Filme do projeto Caixa de Pandora, numa parceira da distribuidora Pandora com o Cinépolis.