S.O.S. – MULHERES AO MAR
Opinião
É verdade que o gênero nacional da comédia está inundando o nosso cinema e também é verdade que não tenho papas na língua. Acho sim que alguns dos grandes sucessos de bilheteria não valem seu ingresso, o que não significa que não goste do gênero. Pelo contrário. Filmes que fazem rir e descontrair são um presente – mas viram presente de grego quando parecem mais uma extensão dos programas de humor da televisão. De segunda linha.
Não é o caso de S.O.S. – Mulheres ao Mar, de Cris D’Amato, que é feminino, como diz o nome, e gostoso de ver. Está na mesma prateleira de filmes já elogiados no Cine Garimpo, como De Pernas Pro Ar e De Pernas pro Ar 2, Se Eu Fosse Você e Se Eu Fosse Você 2, Divã, E aí, Comeu?, A Mulher Invisível, Confissões de Adolescente. Não apela para o humor chulo de Os Penetras, nem é chato como Minha Mãe é uma Peça, nem dispensa roteiro como Se Puder… Dirija! – filmes de que você deve passar longe!
S.O.S. – Mulheres ao Mar tem sim um desfecho esperado – porque comédia romântica é assim mesmo, previsível – mas tem um bom trio de mulheres no comando, sintonizadas, engraçadas e fortemente capazes de criar uma identidade com as espectadoras. Minha favorita é a empregada Dialinda, na pele de Thalita Carauta, que rouba a cena durante o cruzeiro para a Itália.
Tudo isso pra dizer que a trama de Adriana (Giovanna Antonelli) que, acompanhada de sua irmã Luiza e da empregada, entra num cruzeiro para infernizar a vida do ex-marido Eduardo, que a troca pela linda Beatriz, é bem feita e divertida. As mulheres ao mar têm boas tiradas e contam com Reynaldo Gianecchini para contrabalançar toda a confusão feminina.
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