STEVE JOBS
Opinião
Por Suzana Vidigal
O efeito dos feitos de Steve Jobs a gente sente na pele. E nos dedos. O sujeito revolucionou a maneira com a gente se comunica, interage, pensa, ouve música, tralha, vive. Acho que chega a isso tudo sim. Basta olhar ao redor.
O bacana deste Steve Jobs do diretor Danny Boyle (também de Quem Quer Ser Um Milionário, 127 Horas) é que, diante de tantos feitos, o foco escolhido não foi a história linear da criação da Apple, seus aparelhos únicos e incompatíveis, seu fracasso, a criação da Next e sua recontratação para, enfim, mudar o mundo como ele mesmo disse que seria capaz. Ele conta tudo isso, mas a energia é colocada no Steve Jobs dos bastidores, sua relação com os colaboradores, com a filha, seu ego, obstinação, determinação e genial visão de futuro.
Não tem nada a ver com o outro filme Jobs, de 2013, com Ashton Kutcher – que é sofrível. Aliás, Kutcher não tem nada a ver com Michael Fassbender, que ao lado da fiel assistente representada por Kate Winslet (levou o Globo de Ouro pelo papel), dão ao filme a intensidade e veracidade das relações nos bastidores dos lançamentos dos produtos. Mostra a dualidade das decisões, visões de mundo e das relações entre as pessoas. Retratar os caras geniais não é fácil e Boyle é muito feliz na sua escolha.
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