UM HOMEM BOM – Good
Opinião
Quando se trata de um tema muito falado como o Holocauto, o risco de cair no lugar comum é enorme – o que não acontece com Os Falsários, por exemplo, que trata da falsificação de dinheiro por parte dos nazistas, com ajuda dos especialistas judeus, presos em campos de concentração. Aqui, em Um Homem Bom, confesso que fico em cima do muro: é bom, conta uma história, mas não emociona tanto assim.
Fala da trajetória de um professor universitário do mundo das letras na década de 1930, cujo romance cai nas graças dos nazistas por abordar o tema eutanásia – tema esse que vai ao encontro das teorias da purificação da raça ariana de Hitler. Ele é o homem bom do título que faz parte da SS e parece se envolver com esses alemães, mesmo sem saber do que realmente se tratava tudo aquilo. Acho que o ponto forte é justamente esse: a sensação de insegurança do próprio protagonista me passa, da sua posição dividida entre o grande amigo judeu e o sistema nazista que o engole e o seduz, da sua negação e desconhecimento do que acontecia nos campos.
Se é para falar de homem bom, que salvou vidas e arriscou-se por elas, vale rever A Lista de Schindler e O Pianista. Imbatíveis.
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