UM LUGAR NA PLATEIA – Fauteuils d’orchestre

Cartaz do filme UM LUGAR NA PLATEIA – Fauteuils d’orchestre

Opinião

Todos buscam um lugar na plateia – não pode ser nem tão longe, nem tão perto. Seria a mesma coisa que dizer que todos procuram um lugar ao sol, ser alguém para alguém na vida, fazer o que gosta, etc e tal. Só que aqui, a imagem criada pela diretora Danièle Thompson para falar dessa busca acontece através de um concertista, uma atriz e um leiloeiro, que sentem necessidade de mudar algo na vida, de fechar um ciclo e começar outro. E esse é o momento da virada. Em Paris.

Três histórias diferentes, com personagens que teoricamente não têm qualquer relação, mas se cruzam por causa e graças à Jessica (Cécile De France, também em O Garoto da Bicicleta, Além da Vida, Bonecas Russas, Albergue Espanhol), uma garota que foi criada pela avó e que finalmente consegue um emprego na num café badalado na Avenue Montaigne ao lado do Ritz, coincidentemente em frente a um teatro, uma casa de leilões e uma sala de concertos. É ela quem vai juntar o concertista cansado da rigidez e da formalidade dos concertos mundo afora, do colecionador de arte que precisa se livrar do passado para continuar vivendo e da atriz de novela que sonha em fazer um filme importante, passeando por Paris, por suas pérolas, sua cultura, sua forma de vida.

Um Lugar na Plateia tem um humor sutil e agradável, um roteiro despretensioso e muito gostoso de assistir. Para quem gosta da cidade e de filme francês, vai aproveitar.

 

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