UMA AVENTURA LEGO – The Lego Movie
Opinião
Sem ter como evitar que mocinho e bandido, o bom e o mau se encontrem, Uma Aventura Lego sai da mesmice. O cara bom é Emmet, um daqueles bonecos normais do Lego, considerado o “operário”, que todos os modelos do brinquedo dinamarquês têm. Ou seja, o boneco coringa, comum, que não tem nada de especial. O cara mau é um sujeito poderoso e rico, que não quer que as peças do Lego sejam montadas de qualquer jeito. Quer que as regras sejam seguidas, que cada tema (aeronaves, faroeste, etc) seja montado de acordo com as instruções, sem que as peças e bonecos sejam misturados.
Confundido com um Master Builder, ou seja, com um mestre de obras que sabe tudo sobre a montagem do mundo Lego, Emmet tem que ajudar os super-heróis Batman, Mulher Maravilha, Gandalf e todos os outros que você possa imaginar, a salvar o mundo Lego naquilo que ele tem de mais preciso: as mil possibilidades. Pois é, é aqui que o filme me conquistou. Quem é que disse que a gente tem que montar Lego só de acordo com as instruções? Claro que fica legal – aliás, fica espetacular – mas as mil e uma pecinhas e blocos de plásticos oferecem infinitas possibilidades de montagem e criação. Tolir as possibilidades é como tirar o mais preciso doce de uma criança: a imaginação.
Quem já brincou ou brinca com Lego – porque não é brinquedo só de criança! – sabe do que eu estou falando. Criado em 1930 em uma pequena empresa familiar, o nome Lego foi “montado” a partir de duas palavras dinamarquesas: leg godt, que quer dizer, nada mais, nada menos que “brincar bem”. Pois bem, se o Lego possibilita mil e uma combinações, montar livremente parece ser sinônimo de uma boa e genuína brincadeira. E é a essência mesmo do brincar de qualidade e da infância. Uma Aventura Lego toca nesse ponto e tem um desfecho precioso!
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