UMA VIDA MELHOR – A Better Life

Cartaz do filme UMA VIDA MELHOR – A Better Life
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Opinião

De uma maneira simples, sem grandes análises ou reflexões – isso fica por conta do espectador – Uma Vida Melhor faz um retrato de uma típica família mexicana, ilegal em Los Angeles. Sem  pretensão, mas com profundidade, se a ideia for parar para pensar no assunto, o filme traz o olhar humano, e não vitimizado, sobre as pessoas que arriscam a vida para cruzar o deserto e buscar melhores oportunidades de vida nos Estados Unidos.

Carlos Galindo (Démian Bichir, também em Che, O Argentino, Che – A Guerrilha) é um mexicano, que cruza a fronteira como milhares de outros com suas famílias, filho pequeno, instalam-se em solo americano e aceitam qualquer emprego para começar a vida. Trabalha como jardineiro cuidando dos imensos jardins das mansões de Los Angeles e cuida sozinho de um filho adolescente, que ainda não se decidiu se vai à escola ou se entra na vida fácil e perigosa das gangues da cidade. Lutando para sobreviver todos os dias, não deixa de sonhar em ter sua própria caminhonete, conseguir seus próprios clientes e assim melhorar de vida. Pelo papel, Bichir foi indicado ao Oscar de melhor ator este ano. Dificilmente ganharia, ainda mais com a famosa concorrência, mas teve seu trabalho reconhecido.

É justamente pelo propósito do filme que Carlos Galindo não assume o papel de vítima sofredora e perseguida. Sofre um sério revés e a permanência nos Estados Unidos fica por um fio. É claro que, do lado de cá, ficamos pensando na injustiça, na falta de oportunidades, na dificuldade que é lidar com o problema do imigrante ilegal em qualquer lugar do mundo. Mas não me pareceu o foco do diretor Chris Weisz. Aqui ele não discute, não julga. Apenas mostra o panorama humanístico, a força da relação pai e filho e principalmente a força que tem o exemplo da atitude correta na formação do caráter.

 

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