SOMBRAS DA NOITE – Dark Shadows

Cartaz do filme SOMBRAS DA NOITE – Dark Shadows

Opinião

Desta vez Tim Burton forçou a barra. Quando vi a sua versão de Alice no País das Maravilhas, não me preocupei em dourar a pílula. Achei o filme exagerado e cansativo em várias sequências, mas passou. Tem lá seus pontos interessantes. Quando o diretor lançou a animação Frankenweenie, voltei a dar crédito para sua visão “fantasmagórica” da vida. A animação é doce, apesar de triste. Tem sim seu encanto e continuo recomendando que assistam nos cinemas.

Mas, convenhamos, Sombras da Noite é exagerado demais. Tem fantasia demais, ruído demais na comunicação com o espectador e essa atmosfera fúnebre e maquiada que o diretor cisma em usar já está absolutamente esgotada. Acho que nem vale a pena entrar a fundo no mérito da história. De uma maneira bem geral, Johnny Depp (sim, ele de novo!) é transformado em vampiro por uma garota-bruxa apaixonada e quando acorda, depois de décadas, tem que conviver com seus parentes, que pertencem a outras gerações.

Aliás, aproveitando que falamos do ator principal, está na hora de Tim Burton deixar Johnny Depp descansar e partir para outras empreitadas. A sensação que eu tenho quando assisto a filmes assim é de coisa requentada. Nada a ver com a originalidade inicial de Edward Mãos de Tesoura, A Fantástica Fábrica de Chocolate. Acho que uma repaginada no estilo da sua proposta seria muito bem-vinda.

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