ALICE NO PAÍS DAS MARAVILHAS – Alice in Wonderland
Opinião
A vantagem de assistir a um filme como Alice no País das Maravilhas bem depois do lançamento é que já não há tantas expectativas quanto ao enredo. Ainda bem. Fui esperando uma fábula e encontrei uma releitura exagerada do clássico, com algumas sequências absolutamente dispensáveis. Por exemplo? O monstro alado, a batalha do vermelho e branco com Alice de guerreira, a lição moral que ela dá nos familiares, os passos da tal dança maluca. Sem falar na quantidade inimaginável de seres, cores e monstros que cansam um pouco a vista, principalmente em 3D.
Vale dizer que a história é uma continuação da primeira. Alice agora já tem 17 anos e acha que a aventura que viveu quando correu atrás do coelho pela primeira vez, e caiu no buraco, não passou de um sonho. Todos a esperam no País das Maravilhas para resolver a batalha entre as duas irmãs, que brigam pelo reino. Até aí, tudo bem. A história original dá realmente pano para manga e não teria problema algum em revivê-la com um viés diferente. O que incomoda é o tom sombrio de tudo isso e as sequências que vão a trancos e barrancos em alguns momentos.
O ponto forte, sem dúvida, é o resultado visual – e acho que é com essa expectativa que se deve entrar no cinema. O figurino é impecável, o acabamento é maravilhoso e os efeitos especiais, incríveis. Vale por isso. Mas confesso que Tim Burton está muito melhor em A Fantástica Fábrica de Chocolate. Ainda que seja fábula.
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