Opinião

Não pense que Walt nos Bastidores de Mary Poppins conta a história da babá voadora que conhecemos. Essa já está eternizada na figura de Julie Andrews. Conta como foi que Walt Disney conseguiu convencer a teimosa, geniosa e mandona Pamela L. Travers – a escritora que criou a tal da babá, publicou o livro e encantou crianças do mundo todo – a vender os direitos autorais para a produção do filme em 1961.  Encantador, por sinal. Disney prometeu a suas filhas que o transformaria em filme, o que não foi uma tarefa fácil.

Com Tom Hanks (Capitão Phillips) no papel de Disney, Emma Thompson (Tinha que Ser Você, Razão e Sensibilidade) como P.L. Travers e Paul Giamatti (Sydeways) como o simpático motorista, é um filme delicioso de ver. Divertido, leve e emocionante, a direção de John Lee Hancock, também de Um Sonho Possível. Travers vai à Los Angeles, quase enlouquece a equipe de produção, músicos e desenhistas, mas se rende no final com uma linda cena entre ela e Disney.

O título original, Saving Mr. Banks, se refere à sua história pessoal. A trajetória da personagem Mary Poppins, da família Banks e da escritora se cruzam numa linda história de redenção e cura interior. Disney conseguiu fazer uma mágica encantadora: amoleceu o coração da amarga Travers e criou canções e personagens que estão no imaginário de todos nós.