De hoje a 26 de maio, Cannes recebe a nata do cinema mundial. Mundial mesmo, porque até a escolha do júri está carregado de significado.
E de nacionalidades diferentes. Além das premiações, do tapete vermelho e de tudo mais que gira em torno das estrelas e produções, é interessante pensar nesse perfil de jurados. Afinal, são eles que escolhem o filme que ganha a Palma de Ouro e, portanto, a chancela para fazer carreira no mundo todo. Assim, quanto mais eclético e diversificado for o corpo de jurados, mais interessantes ficam os prêmios.
Entre os integrantes estão a diretora escocesa Lynne Ramsey, do arrebatador Precisamos Falar Sobre Kevin, exibido no ano passado em Cannes, o ator francês Daniel Auteuil, de filmes como Caché e Conversas com Meu Jardineiro, e a atriz australiana Nicole Kidman, de As Horas, Os Outros, Reencontrando a Felicidade. Da Alemanha vem Christoph Waltz, o ator de Tarantino premiado em Django Livre e Bastardos Inglórios, mas também do ótimo Deus da Carnificina. Ang Lee é o representante de Taiwan, diretor de As Aventuras de Pi e vencedor do Oscar deste ano na categoria.
Também temos Vidya Balan, atriz indiana, Naomi Kawase, cineasta japonês e Cristian Mungiu, o diretor e roteirista romeno, responsável por Além das Montanhas, 4 meses, 3 semanas, 2 dias, Contos da Era Dourada. Para fechar a Torre de Babel, Steven Spielberg, que prescinde apresentações e é um dos ícones do cinema americano e global. Como presidente do júri de Cannes, a escolha soa especial. Parece que pouco importa se o cinema que se faz é de arte ou comercial. Fiquei com a impressão que, por um instante, os egos ficaram um pouco de lado e o cinema de qualidade é que foi privilegiado.
Vamos aguardar o andamento do evento, que já começou com classe com a exibição de O Grande Gatsby, de Baz Luhrmann, que estreia no Brasil em 7 de junho.
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