VIII ROCKY SPIRIT – FESTIVAL DE FILMES OUTDOOR

Tem cinema ao ar livre dias 18 e 19 de agosto, no parque Villa-Lobos, em São Paulo. Ao ar livre, sobre viver ao ar livre: o VIII ROCKY SPIRIT – FESTIVAL DE FILMES OUTDOOR.

Explico: a curadoria de filmes do festival foca em produções sobre esportes, práticas e convivências outdoor. São documentários das mais diversas aventuras, com o montanhismo, escalada, caminhada, surf, bike, meio ambiente; filmes vindos do prestigiado Telluride Mountainfilm Festival, nos Estados Unidos, além de produções nacionais. No site do festival tem toda a programação (clique aqui).

Em sintonia com o tema dos filmes, o Rocky Spirit programou diversos eventos no parque nesses dias, com o cinema às 19h pra fechar tanto o sábado, quanto o domingo.

Dá só uma espiada na qualidade!

 

 

 

7º Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo

Mais um festival de cinema em São Paulo, que é sempre palco de filmes de todos os cantos do mundo. Com filmes vindos da Suíça, o 7º Panorama do Cinema Suíço Contemporâneo conta com curtas e longas, que serão exibidos no Cinesescde 09 a 16 de maioe no CCBB SP, de 09 a 21 de maio. Além disso, haverá mais  duas itinerâncias na programação: uma no Centro Cultural Banco do Brasil de Brasília (CCBB DF), de 22 de maio a 10 de junho e outra no Rio de Janeiro, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB RJ), de 30 de maio a 16 de junho.

Seguem abaixo os longas:

A FÚRIA DE VER
Documentário | Suíça | 2017 | 84 min. | 16 anos
Título Original: La Fureur de Voir
Direção: Manuel von Stürler
Sinopse: Diante da ameaça de ficar cego, o diretor Manuel von Stürler
se lançou em uma busca para descobrir o que a percepção visual
significa. Sua ânsia por enxergar alimenta uma jornada que nos
mergulha no mundo da visão e tenta responder à pergunta: o que
significa ver?

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AMARRADOS
Documentário | Suíça | 2017 | 106 min. | 10 anos
Título Original: Encordés
Direção: Frédéric Favre
Sinopse: Por um ano e meio, o cineasta Frédéric Favre acompanha três
alpinistas de esqui enquanto eles se preparam para a Patrulha dos
Glaciares, uma corrida incrivelmente difícil pelos Alpes suíços. Florence
quer participar em memória do pai, mas ela não está acostumada a
trabalhar em equipe. Guillaume é um competidor talentoso que luta para
encontrar um equilíbrio entre a família, o trabalho e a paixão pelas
montanhas. Antoine acabou de sair da reabilitação e está ansioso para
provar o seu valor ao mundo. Uma jornada crua e íntima pelas
motivações mais profundas dos protagonistas e a história de como essa
aventura os transforma.

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ANIMAIS
Ficção | Suíça – Áustria – Polônia | 2017 | 95 min. | 14 anos
Título Original: Tiere
Direção: Greg Zglinski
Sinopse: Um acidente com uma ovelha em uma estrada do interior
inicia uma série de experiências estranhas e perturbadoras para Anna
e Nick, deixando-os incertos de onde estão exatamente: no mundo
real, em suas próprias imaginações ou nos devaneios de outra pessoa.

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BE’ JAM BE ESSE CANTO NUNCA TERÁ FIM
Documentário | França – Suíça | 2017 | 85 min. | 10 anos
Título Original: BE’ JAM BE et Cela n’Aura pas de Fin
Direção: Caroline Parietti, Cyprien Ponson
Sinopse: Em Sarawak, na ilha de Bornéu (mais precisamente na parte
que pertence à Malásia), o povo Penan enfrenta as mudanças
causadas pela crescente ameaça de desmatamento. A obra, carregada
pela música daqueles que se recusam a ceder, desenha as linhas da
resistência de cada que participa dessa luta mortal.

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BEM-VINDO À SUÍÇA
Documentário | Suíça | 2017 | 83 min.| 12 anos
Título Original: Willkommen in der Schweiz
Direção: Sabine Gisiger
Sinopse: No verão de 2015, um milhão de pessoas procuram por asilo
na Europa e 40 mil delas conseguem chegar à Suíça. O prefeito da
cidade mais rica da região da Argóvia pretende dar o exemplo e recusa
a entrada de qualquer refugiado em seu município. Johanna Gündel,
estudante e filha de um agricultor local, passa a lutar contra essa política
ao lado de outros moradores. Tomando como ponto de partida os
eventos em Oberwil-Lieli, o filme conta a história da Suíça nos tempos
da crise de refugiados, mostrando o que o país era, quer ser ou poderia
se tornar.

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COPIAR COLAR DELETAR
Ficção | Suíça | 2018 | 82 min.
Título Original: Copy Paste Delete
Direção: Christoph Rahm
Sinopse: Um homem está fazendo um inventário. Um homem está
procurando por uma foto. Procurando pela última foto de sua vida.
Fugindo de uma enxurrada de imagens, ele recorda decepções do
passado e mudanças perturbadoras. Em cinco fases de sua vida, seus
pensamentos e memórias se misturam em uma narrativa fragmentada.
Prazer, raiva, saudade, medo e tristeza são os tópicos das cinco etapas
da vida: infância, juventude, adolescência, vida adulta e a morte
iminente.

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DEPOIS DA GUERRA
Ficção | França – Itália – Suíça | 2017 | 92 min. | 14 anos
Título Original: Dopo la Guerra
Direção: Annarita Zambrano
Sinopse: Bolonha, 2002. Os protestos contra a lei trabalhista italiana
explodem nas universidades. O assassinato de um juiz reabre velhas
feridas políticas entre a Itália e a França. Marco é um ex-ativista de
esquerda que, graças à doutrina de Mitterrand, encontrou asilo na
França 20 anos atrás. Condenado na época por assassinato, ele é hoje
o principal suspeito de ordenar o ataque. O governo italiano exige sua
extradição, o que o força a fugir com Viola, sua filha de 16 anos. Sua
vida vai mudar para sempre, assim como o destino de sua família na
Itália, que terá de pagar pelas falhas do passado de Marco.

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DIÁRIO DA MINHA CABEÇA
Ficção | Suíça | 2017 | 70 min. | 14 anos
Título Original: Journal de Ma Tête
Direção: Ursula Meier
Sinopse: Poucos minutos antes de atirar em seus pais a sangue-frio,
Benjamin Feller (Kacey Mottet Klein), um rapaz de 18 anos,
aparentemente calmo, envia pelo correio um diário em que confessa e
explica o duplo assassinato para Esther Fontanel (Fanny Ardant), sua
professora de literatura. A associação dessa mulher ao ato de Benjamin
acontece alguns meses após ela incentivar os alunos a escrever um
diário. Esther se encontra interrogada pela lei, mas logo ela é
confrontada por suas próprias dúvidas. E se o gosto dela por uma
literatura assombrada pelos tormentos da alma humana a deixasse cega
diante da angústia de seu pupilo e do que estava escondido por trás da
prosa febril que ele a fez ler antes do crime?

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EU NÃO TENHO IDADE (PARA TE AMAR)
Documentário | Suíça – Itália | 2017 | 93 min. | 8 anos
Título Original: Non Ho l’Età
Direção: Olmo Cerri
Sinopse: Carmela, don Gregorio, Gabriella e Lorella nunca se
encontraram, mas têm muito em comum. Na metade da década de
1960, no auge da grande onda migratória, sozinhos ou acompanhados
de suas respectivas famílias, eles deixaram a Itália e chegaram à Suíça,
onde viveram por um período mais ou menos longo. Eles moraram no
país durante os difíceis anos de Schwarzenbach [James, político que
defendia “a Suíça para os suíços”], enquanto ouviam Gigliola Cinquetti,
uma jovem cantora pop de Verona que ficou famosa após vencer o
Festival de Sanremo em 1964 com a música Non Ho l’Età (Per Amarti).

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EU SOU A GENTRIFICAÇÃO. CONFISSÕES DE UM CANALHA
Documentário | Suíça | 2017 | 99 min. | 12 anos
Título Original: Die Gentrifizierung Bin Ich. Beichte Eines Finsterlings
Direção: Thomas Haemmerli
Sinopse: Um ensaio bem-humorado e pessoal que trata de arquitetura,
habitação, espaço, densidade, gentrificação e desenvolvimento urbano.
A narrativa abrange os diferentes lugares nos quais o diretor viveu,
começando por sua infância em um bairro rico, passando por ocupações,
apartamentos compartilhados, além da vivência em cidades como Tbilisi
(Geórgia), São Paulo (Brasil), Zurique (Suíça) e Cidade do México
(México). Tudo aqui é ridicularizado: os populistas de direita que têm
medo de perder espaço para os imigrantes e a esquerda que abandonou
a modernidade.

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GOLIAS
Ficção | Suíça | 2017 | 85 min. | 14 anos
Título Original: Goliath
Direção: Dominik Locher
Sinopse: Quando Jessy conta a David que está grávida, ele entra em
pânico. Poucos dias depois, os dois são agredidos no trem e, quando
David percebe que é incapaz de proteger a namorada, sua insegurança
e seus temores masculinos vêm à tona. Ele recorre, então, aos
esteroides e começa a treinar de forma excessiva e intensa.
Inicialmente, seus músculos lhe dão autoconfiança. Em pouco tempo,

no entanto, David passa a se comportar de forma imprevisível e torna-
se uma ameaça à Jessy e ao bebê que ainda vai nascer.

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HAFIS & MARA
Documentário | Suíça | 2018 | 88 min. | 12 anos
Título Original: Hafis & Mara
Direção: Mano Khalil
Sinopse: O filme conta a história dos últimos anos de um casal: o artista
suíço-libanês Hafis Bertschinger e Mara, sua fiel esposa e patrona. Ele é
um viajante incansável que cruza fronteiras entre diferentes mundos e
culturas e que, mesmo na velhice, ainda cria apaixonadamente. Hafis
adora experimentar e ser desafiado em suas pinturas e desenhos, nos
relacionamentos, no dia a dia. No entanto, sua dedicação incondicional
à arte e seu caráter impulsivo também causaram muita dor. A obra foca
não só o artista, mas a tranquila Mara, refúgio seguro de Hafis e quem
tornou seus voos artísticos possíveis.

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O TRIBUNAL DO CONGO
Documentário | Alemanha – Suíça | 2017 | 100 min. | 12 anos
Título Original: Das Kongo Tribunal
Direção: Milo Rau
Sinopse: A guerra no Congo causou mais de seis milhões de mortes
nos últimos 20 anos. A população está sofrendo, mas os criminosos
permanecem impunes. Muitas pessoas atribuem esse conflito aos
importantes depósitos de matéria-prima de alta tecnologia existentes
no país. Milo Rau consegue reunir vítimas, infratores, observadores e
analistas do conflito para um único tribunal civil no Congo Oriental. O
diretor cria um retrato simples de uma das maiores e mais sangrentas
guerras econômicas da história da humanidade.

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O SOM DA VOZ
Documentário | Suíça | 2017 | 82 min.
Título Original: Der Klang der Stimme
Direção: Bernard Weber
Sinopse: O longa apresenta quatro pessoas que testam as inúmeras
possibilidades da voz humana. Andreas experimenta sua voz para
desenvolver novos sons que o transformam. Regula está trabalhando
duro para alcançar um efeito surround natural de 360 graus. Matthias
tenta entender os segredos da voz a partir de sofisticados métodos
científicos. Por fim, as técnicas de Miriam inspiram as pessoas a
descobrirem suas próprias vozes.

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SOBRE OVELHAS E HOMENS
Documentário | Suíça – França – Qatar | 2017 | 78 min. | 14 anos
Título Original: Des Moutons et des Hommes
Direção: Karim Sayad
Sinopse: Habib, de 16 anos, sonha em treinar sua ovelha premiada
para que ela se torne uma campeã de briga entre animais de sua
espécie. Samir, um homem de meia-idade, quer apenas vender o
máximo de ovelhas antes que o Eid — celebração que marca o fim do
Ramadã — termine. Um retrato de dois homens em uma conturbada
comunidade da Argélia.

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TELEVISÕES
Documentário | Suíça | 2018 | 52 min. | 13 anos
Título Original: Televisionen
Direção: Fabian Kaiser, Luca Ribler
Sinopse: A televisão suíça fez suas primeiras transmissões para os lares
do país em 1o de janeiro de 1958. Essas imagens em movimento
moldaram a forma como nos vemos e a maneira como enxergamos
nossos semelhantes. Imagens de estranhos, parasitas, trabalhadores e
heróis. De criminosos e vítimas de guerra. Em cada episódio,
“Televisões” analisa diferentes estereótipos. Capítulo um: estrangeiros.

 

21º FESTIVAL DE CINEMA JUDAICO

Tirando da frente, de uma vez por todas, o discurso de que é preciso ser judeu para interessar-se pelo festival – e isso serve para qualquer mostra temática – fique de olho no garimpo que temos de 30 de julho a 9 de agosto em São Paulo. Organizado e idealizado pelo Clube Hebraica, o festival vai exibir 24 filmes (19 inéditos) que abordam a cultura judaica, a partir dos mais varias prismas – político, artístico, musical, histórico, feminino, esportivo, entre outros.

A programação está disponível no site da Hebraica, mas ficam aqui as sugestões já vistas.

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OS MENINOS QUE ENGANAVAM NAZISTAS, de Christian Duguay (2017) | Prepare o lenço para mais uma história real, contada sob o ponto de vista do mais novo dos quatro irmãos de um casal de judeus. Praticamente um roadmovie de fuga, o foco é no garoto Jojo que precisa chegar no sul da França com o irmão, para não ser enviado ao campo de concentração. Superemocionante, tem um título lindo em francês: “um saquinho de bolas de gude” – traduz a sensibilidade do filme, na importância da família, do convívio e a força das memórias afetivas. | Estreia no circuito comercial dia 3 de agosto. 

 

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BYE BYE ALEMANHA, de Sam Garbarski, (2017) | Do diretor do ótimo Irina Palm, esta produção passeia no pós-guerra, com foco em um grupo de sobreviventes do Holocausto. Embora traumatizados com os horrores da guerra e todas as perdas, os amigos tocam a vida em frente, inventam um novo negócio pra ganhar dinheiro e conseguir migrar para os Estados Unidos. Com humor e uma pegada de uma quase-aventura (tem um clima de ousadia de rir da própria tragédia), o roteiro dá ao filme uma leveza inverossímil, porém bem-vinda. Uma mensagem da vida que segue, de que muitos estão vivos, prontos pra refazer a vida, encontrar a cara-metade e tocar o barco adiante. | Filme de abertura do festival, estreia no circuito comercial dia 24 de agosto, (foto).

 

 

 

FESTIVAL DE CANNES 2017

Terminou Cannes e ficaram as promessas pra nós que ainda não vimos o que rolou por lá. Segue a lista das pendência para os próximos meses, só pra ficar na vontade de assistir a tanto filme bom que vem por aí. Vale dizer: só a Netflix saiu de mãos vazias, com bem disse o presidente do júri Pedro Almodóvar. O resto do mundo ganhou a chancela de Cannes: Suécia, Turquia, Escócia, França, Marrocos, Japão, Itália, Estados Unidos, Rússia, México, Irã. Bem bom – talvez reflexo de um júri cada vez mais eclético e heterogêneo.

 

_ PALMA DE OURO_ The Square, de Ruben Östlund

Sueco, é dele também o ótimo – e perturbador – Força Maior. Sobre o momento em que os casais começam a se estranhar e percebem que há alguém ali que já não reconhecem. E que não reconhecem a si mesmos. Já The Square toca no tema da arte contemporânea, que, segundo o diretor, “é algo que deve ser criticado, analisado, assim como qualquer outra área do conhecimento, inclusive o cinema”. Fato, a gente não precisa aceitar e consumir tudo que vê.

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_MELHOR DIRETOR_ Sofia Coppola 

Ganhou com sua releitura de O Estanho que Nós Amamos (The Beguiled), com o trio loiro Nicole Kidman, Elle Fanning e Kirsten Dunst, além de Colin Farrell. Família de cineastas (seu pai, Francis Ford Coppola, de O Poderoso Chefão, e sua avó, Eleonor Coppola, que estreia o filme Paris Pode Esperar semana que vem!). Talentosíssima, tem um estilo todo pessoal, sem rabo preso. Vide meu favorito Encontros e Desencontros (Lost In Translation – não é por acaso que é o que eu mais gosto!). Também ótimos Um Lugar Qualquer e Bling Ring – A Gangue de Hollywood.

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_PRÊMIO ESPECIAL 70º ANIVERSÁRIO de CANNES_ Nicole Kidman

Dispensa apresentações. A atriz arrasa, é camaleoa, produz sem parar e só em Cannes estava presente com dois filmes: O Estranho que Nós Amamos (venceu melhor diretor, com Sofia Coppola) e The Killing of a Sacred Deer (melhor roteiro). 

Da filmografia de Nicole: Lion – Uma Jornada para Casa, Os Outros, As Horas, Nine, Segredos de Sangue, Grace de Mônaco, Uma Longa Viagem, Antes de Dormir, Reencontrando a FelicidadeDe Olhos Bem Fechados

 

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_MELHOR ATRIZ_ Diane Kruger

Pelo filme In The Fade, do turco Fatih Akin (também de Soul Kitchen e Por Outro Lado – ótimos filmes). Este novo é duro, filme sobre perda e reconstrução. “Há anos esperava pra fazer um filme em alemão”, disse a atriz, também de Bastardos Inglórios, Adeus, Minha Rainha e Pais e Filhas. “É sobre uma mulher que perde tudo e precisa reaprender a viver sem nada”, completa Diane, na entrevista após receber o prêmio. Ela está fora da Alemanha há mais de 20 anos. Linda e poliglota!

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_MELHOR ATOR_Joaquin Phoenix

Premiado pelo filme You Were Never Realy Here, da britânica Lynne Ramsay. É dela também aquela paulada que é Precisamos Falar Sobre Kevin, que não deixa ninguém sair ileso – muito menos quem é mãe. Phoenix tem filmes ótimos no currículo. Três são meus preferidos: Amantes, com Gwyneth Paltrow; O Homem Irracional, um Woody Allen com Emma Stone e Ela (Her), com a voz de Scarlett Johansson. Também está em O Imigrante e Hotel Ruanda.

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_PRÊMIO DO JÚRI_ Loveless

O russo Andrey Svyagintsev disse, em entrevista coletiva, que seu objetivo não foi fazer um filme político – embora tenha esse pano de fundo. “O tema é a ausência de empatia e egoísmo entre as pessoas”, revela. De fato: um casal se separa, entra naquele estresse do divórcio e seu filho desaparece. Dramático. É dele também o impactante Leviatã, que ganhou melhor roteiro em Cannes em 2014.

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_MELHOR ROTEIRO_ The Killing of a Sacred Deer e You Were Never Really Here

Dividiram o prêmio, o grego Yorgos Lanthimos de The Killing…  e a escocesa Lynne Ramsay por You Were…

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_GRANDE PRÊMIO DO JÚRI_ 120 Batimentos por Minuto

O diretor Robin Campillo é franco-marroquino e também foi responsável pelo roteiro de Entre os Muros da Escola, filmaço que levou a Palma de Ouro em 2008.  Sobre a Aids e a luta de um ativista contra a indiferença em relação à doença.

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_PRÊMIO DO JÚRI ECUMÊNICO_ Radiance

Da diretora japonesa Naomi Kawase, também responsável pelo lindo e sensível Sabor da Vida, indicado ao prêmio Un Certain Regard em Cannes em 2015.

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_CÂMERA DE OURO (para diretores estreantes)_ Jeune Femme, de Léonor Serraille

_OLHO DE OURO (melhor documentário)_ Visages, Villages, de Agnès Varda

_PALMA DE OURO DE CURTA METRAGEM_Xiao Cheng Er Yue

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MOSTRA UN CERTAIN REGARD

_MELHOR FILME_ A Man of Integrity, de Mohammad Rasoulof (Irã)

_MELHOR DIRETOR_ Taylor Sherida, por Wind River (também roteirista de Sicário)

_PRÊMIO DO JÚRI_ April’s Daughter, de Michel Franco (também de Depois de Lúcia e Chronic_ México)

_MELHOR PERFORMANCE_ Jasmine Trica, pelo papel em Fortunata

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16 de maio

Vai começar a grande festa de Cannes! Pelo site, dá pra acompanhar as entrevistas coletivas, o entra-e-sai dos atores e diretores e ficar com gostinho de um-dia-quero-ir. E como no cinema não tem certo ou errado, júri eclético é júri com olhar diverso, aberto, plural. Quem manda este ano é o diretor espanhol Pedro Almodóvar, auxiliado por Jessica Chastain (atriz americana), Paolo Sorrentino (diretor italiano), Will Smith (ator americano), Maren Ade (diretora, roteirista e produtora alemã), Park Chan-Wook (diretor sul-coreano), Agnès Jaoui (atriz, roteirista, diretora e cantora francesa), Fan Bingbing (atriz chinesa) e Gabriel Yared (compositor francês).

Estes são os filmes que concorrem à Palma de Ouro, programada para dia 28 de maio. Pra dar uma referência, ao lado estão filmes anteriores dos diretores correspondentes, comentados aqui no blog. Assim, dá pra clicar e saber de quem se trata e o que esse diretor já fez.

Nelyubov (Loveless), Andrey Zvyagintsev  | também de Leviatã
You Were Never Really Here, Lynne Ramsay | também de Precisamos Falar sobre Kevin
Le Redoutable, Michel Hazanevicius | também de O Artista
Hikari (Radiance), Naomi Kawase | também de Sabor da Vida,
Jupiter’s Moon, Kornél Mundruczó | também de White Dog
L’amant Double, François Ozon | também de Uma Nova Amiga, Dentro da Casa, Ricky, Potiche, Amor em 5 Tempos
The Beguiled, Sofia Coppola | também de Encontros e Desencontros, Somewhere, The Bling Ring
Happy End, Michael Haneke | também de Amor, A Fita Branca
Wonderstruck, Todd Haynes | também de Carol
Aus Dem Nichts (In The Fade), Fatih Akin | também de Soul Kitchen, Do Outro Lado
Okja, Bong Joon-ho | também de Mother
The Meyerowitz Stories, Noah Baumbach | também de O Plano de Maggie, Mistress America, Enquanto Somos Jovens, Frances Ha

Good Time, Benny Safdie e Josh Safdie
Rodin, Jacques Doillon
The Killing Of A Sacred Deer, Yorgos Lanthimos | também de Lobster
A Gentle Creature, Sergei Loznitsa
Geu-hu (The Day After), Hong Sangsoo
120 Battements Par Minute, Robin Campillo

 

FESTIVAL DE CANNES 2013: QUEM SÃO OS JURADOS

De hoje a 26 de maio, Cannes recebe a nata do cinema mundial. Mundial mesmo, porque até a escolha do júri está carregado de significado.

E de nacionalidades diferentes. Além das premiações, do tapete vermelho e de tudo mais que gira em torno das estrelas e produções, é interessante pensar nesse perfil de jurados. Afinal, são eles que escolhem o filme que ganha a Palma de Ouro e, portanto, a chancela para fazer carreira no mundo todo. Assim, quanto mais eclético e diversificado for o corpo de jurados, mais interessantes ficam os prêmios.

Entre os integrantes estão a diretora escocesa Lynne Ramsey, do arrebatador Precisamos Falar Sobre Kevin, exibido no ano passado em Cannes, o ator francês Daniel Auteuil, de filmes como Caché e Conversas com Meu Jardineiro, e a atriz australiana Nicole Kidman, de As HorasOs OutrosReencontrando a Felicidade. Da Alemanha vem Christoph Waltz, o ator de Tarantino premiado em Django Livre e Bastardos Inglórios, mas também do ótimo Deus da CarnificinaAng Lee é o representante de Taiwan, diretor de As Aventuras de Pi e vencedor do Oscar deste ano na categoria.

Também temos Vidya Balan, atriz indiana, Naomi Kawase, cineasta japonês e Cristian Mungiu, o diretor e roteirista romeno, responsável por Além das Montanhas, 4 meses, 3 semanas, 2 diasContos da Era Dourada. Para fechar a Torre de Babel, Steven Spielberg, que prescinde apresentações e é um dos ícones do cinema americano e global. Como presidente do júri de Cannes, a escolha soa especial. Parece que pouco importa se o cinema que se faz é de arte ou comercial. Fiquei com a impressão que, por um instante, os egos ficaram um pouco de lado e o cinema de qualidade é que foi privilegiado.

Vamos aguardar o andamento do evento, que já começou com classe com a exibição de O Grande Gatsby, de Baz Luhrmann, que estreia no Brasil em 7 de junho.