007 – OPERAÇÃO SKYFALL – Skyfall

Cartaz do filme 007 –  OPERAÇÃO SKYFALL – Skyfall

Opinião

Quem é fã incorrigível do agente secreto inglês, o James Bond, vai ao cinema conferir o filme de qualquer maneira. Escrevo para pessoas como eu, que gostam de filme de ação, mas que nem sempre preferem esse gênero. Ou nem sempre têm paciência e disposição para tantas perseguições mirabolantes, tiros para todo o lado, bond girls e tudo mais que está incluso no pacote da franquia. Para vocês, digo o seguinte: 007, Operação Skyfall vale seu ingresso e seu tempo.

A franquia é ótima e tem toques especiais. Além de fazer Bond renascer das águas, faz inúmeras referências aos 50 anos de história do agente secreto mais famoso do mundo. Não se usa mais aquela famosa caneta explosiva, mas a bond girl ainda é, e sempre será, um ícone das suas missões secretas, perseguições impossíveis e de seu charme. Não acho que Daniel Craig convença a todos, mas pessoalmente acho que está muito bem na fita e não vai decepcionar. Assista, por três bons motivos:

1. Por Skyfall, a canção tema – Na voz da cantora inglesa Adele, dispensaria qualquer comentário extra. No contexto do filme, da imagem, da montagem e de toda a ambientação construída para esse lançamento dos 50 anos de Bond, fica ainda mais especial.

2. Sam Mendes, o diretor – Quem conhece alguns dos trabalhos anteriores do diretor inglês, sabe que ele não é o típico-diretor-de-filme-de-ação. Para deixar bem claro: é dele o incrível Beleza Americana, que lida de forma primorosa com a tristeza, com a decepção, com a profundidade dos sentimentos humanos. Dirige também Foi Apenas um Sonho, também sobre as mazelas dos relacionamentos, e Por Uma Vida Melhor, que tem todo o tom de filme independente, um viés diferenciado e intimista da vida e das opções de duas pessoas que querem ser um casal de verdade. Portanto, nada a ver com filme de ação, espionagem, tiros, carros, bombas. Se Sam Mendes, com sua visão intimista e sensível das relações humanas, colocou sua mão nesse projeto, é porque tem algo a mais. Sem, claro, tirar o brilho de Bond.

3. Por Javier Bardem, o vingador – Quem se lembra do ator espanhol em Os Fracos Não Têm Vez, entende o que eu estou falando. Mais uma vez na pele do sujeito implacável, cruel e sádico, o personagem de Bardem, ex-agente secreto, quer se vingar por não ter sido protegido por M (Judy Dench, também em O Exótico Hotel Marigold, Sete Dias com Marilyn) quando o cerco apertou. Está fantástico e dá um tom pessoal, quase infantil, ao seu ódio que sente contra o coração do MI6, contra a invencibilidade e imortalidade do 007. E contra o que ele representa, claro.

 

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