500 DIAS COM ELA – (500) Days of Summer
Opinião
” – Não quero assumir nada sério.
– E se você se apaixonar?
– Como assim? Você acredita nisso?
– Estamos falando de amor, não de Papai Noel…!?!!!”
Numa tradução livre de um dos muitos bons diálogos de 500 Days of Summer, nome original desta deliciosa, inteligente e divertida comédia romântica, percebe-se que uma das partes do que seria um casal não acredita no amor. A outra, sonha em encontrar sua alma gêmea. Logo no começo do filme, já é dito que não se trata de uma história de amor, mas de uma história sobre o amor.
Tom e Summer se conhecem no trabalho (ele, criador de cartões comemorativos; ela, assistente do chefe dele). Começam uma relação diferente, ele querendo compromisso, ela deixando claro que só quer se divertir e ser feliz – a antítese da típica história de amor. Ele romântico, ela imediatista; ele se entrega, ela curte. Além dos bons atores – o casal é ótimo e tem química – o bacana do enredo é a forma de contar a história. Nada linear, vai e volta no tempo, tendo sempre a contagem dos dias como referência. Outro ponto é a tradução, com imagens na tela, do íntimo do personagem, como a dança de Tom nas ruas após sua primeira noite com Summer.
Despretensioso e leve, 500 Dias com Ela fala dos ciclos da vida – num paralelo inteligente e sensível com as estações do ano, bem marcada pelo nome da bela Summer. Fala do amor enquanto certeza – o resto é outra coisa. Ahh, e atenção à trilha sonora pontuadas pelos próprios atores. Tem The Smiths, Carla Bruni, Regina Spektor, Simon & Garfunkel. Bom demais.
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