A CULPA É DAS ESTRELAS – The Fault in our Stars

Cartaz do filme A CULPA É DAS ESTRELAS – The Fault in our Stars

Opinião

É claro que um filme em que uma jovem tem câncer, sabe que logo mais vai morrer, inspira tristeza. Ela vive sobressaltada pelas crises respiratórias, carrega para cima e para baixo uma mochila com oxigênio, não tem motivação de vida. É evidente, mas não é esse o foco do romance baseado no best seller homônimo de John Green. O foco é a capacidade de reinventar a vida, mesmo quando ela está indo ladeira abaixo.

Hazel e Gus são jovens e estão doentes. Encontram-se por acaso num grupo de apoio a pacientes com câncer e se apaixonam. Com a naturalidade da juventude e a incrível capacidade de encontrar humor na própria desgraça e em todos os clichês que envolve a realidade dos pacientes, o casal é simplesmente adorável. Acompanhados por um amigo cego, aproveitam cada dia como se fosse o último. E celebram, realmente, o fato de estarem vivos.

Mas não pense que tem melodrama! Tem sim uma sensação de perda no ar, de algo que vai escapar, mas impera uma alegria singular, a captura das pequenas conquistas, das pequenas revelações, das pequenas grandes declarações. Algo como assistir a Love Story (aquele, de 1970) e acreditar, piamente, que é possível viver um grande-breve amor e ser alimentado por ele para sempre.

Não é à toa que A Culpa é das Estrelas vendeu horrores mundo afora e não tenho dúvida de que o filme será campeão de bilheteria. A dupla Shailene Woodley e Ansel Elgort, que atuou junto também em Divergente, tem uma liga impressionante. O câncer às vezes mata, mas aqui, numa linguagem absolutamente jovem, alegre e solta, ele constrói e muda a existência para sempre.

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