A BALEIA – The Whale

Opinião
Rolou Sessão Cine Garimpo sobre o filme A BALEIA, de Darren Aronofsky (também de Cisne Negro).
Algumas reflexões que ainda levei pra casa, depois de trocas importantes, opiniões e sensações compartilhadas. O filme levou dois Oscars merecidos: Brendan Fraser está sensacional porque sentimos o peso da carga (física e emocional) que o personagem carrega. Sem a entrega do ator ao papel, isso não seria possível. O que também não seria possível sem a maquiagem realista dos profissionais. Aliás, se não fosse realista, poderia ser ofensiva e desrespeitosa. Não é. É recurso dramático e o cinema conta com esta ferramenta desde sempre. Que faça bom uso, como neste caso
A BALEIA é sobre obesidade, compulsão, depressão — e não há quem diga o contrário. Está escancarado. Mas gosto de pensar que, mais do que a saúde física, estamos falando de saúde mental. O cinema tem trazido cada vez mais este tema, nos aproximando de pacientes que passam por questões delicadas, colocando-os no radar da “normalidade”. Entre aspas, porque a saúde mental (ou a falta dela) é parte do que somos.
Gosto de pensar nas entrelinhas, que A BALEIA homenageia o poder da palavra escrita, da contação de histórias. Seu poder transformador. É através dela que há o vínculo com a filha, que ele mostra seu melhor ensinando, que ele se salva escutando sobre Moby Dick, cada vez que a vida parece escapar.
É o que o cinema faz. Conta histórias e nos salva quando parece não haver esperança.
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