HONEYLAND

Cartaz do filme HONEYLAND

Opinião

Suzana Vidigal, para a 43ª Mostra SP

Honeyland é documentário, mas às vezes a gente esquece disso. Mas Hatidze, a protagonista, só poderia ser real mesmo. É retratada num exercício de observação dos diretores Ljubomir Stefanov e Tamara Kotevska, aos seus 50 anos, mas parece muito mais. Mas só na aparência – na disposição, no humor, é uma pessoa de bem com a vida; é ativa, com alegria cuida da mãe cega e doente, e das abelhas, que são seu sustento.

Da Macedônia do Norte, Honeyland é mesmo a “terra do mel”. Hatidze extrai o mel respeitando as leis da natureza e seus ciclos. Até que uma família nômade chega na vila, se instala, faz barulho e perturba o sossego – inclusive das abelhas. O que começou com uma amizade, termina em desequilíbrio.

Honeyland é sobre os ciclos da vida. Filmado nas lindas montanhas da região, sinaliza que tudo passa, mas permanece a natureza que se refaz, se renova e ajuda o homem a se reinventar. De uma beleza singela e poética, um filme sensorial.

Vencedor do Grande Prêmio do Júri da seção World Cinema de documentários no Festival de Sundance e indicado da Macedônia para concorrer a uma vaga ao Oscar de Melhor Filme Estrangeiro.

 

 

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