LOS LOBOS – The Wolves

Cartaz do filme LOS LOBOS – The Wolves

Opinião

“Los lobos” é como Maxy, Leo e sua mãe se percebem na luta pela sobrevivência. Lucía sai do México com as duas crianças de 8 e 5 anos, cruza a fronteira dos Estados Unidos e por lá se estabelece, na tentativa de ter uma vida melhor.

Não sabemos muito do passado de Lucía, mas o que está escancarado no decorrer da narrativa é suficiente pra entender que ela é mãe solo, precisa dar conta da vida financeira e emocional das crianças, não tem com quem contar e vive na corda bamba.

Lucía e os meninos chegam em Albuquerque e alugam um apartamento de um casal chinês em uma comunidade de imigrantes. A partir daí a sorte está lançada: Lucía tem que trabalhar pra sobreviver e, como os meninos não vão à escola, ficam sozinhos trancados em casa durante o dia, sonhando com a promessa da mãe de que, quando aprenderem a falar inglês, irão pra Disney.

Retrato sensível que se espelha na experiência pessoal do diretor Samuel Kishi Leopo, que viveu uma situação parecida na infância. E faz eco em milhares de famílias que buscam acolhimento entre imigrantes de outros lugares mundo afora – não é por acaso que ganhou o Grande Prêmio do Júri Internacional para Melhor Filme na categoria Generation no Festival de Berlim. Um olhar maternal, cheio de desafios e ternura, sobre o tema universal do pertencimento.

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