MÃOS QUE CURAM – El Mal Ajeno

Opinião
Há alguns dramas que têm até uma boa história, mas que os buracos no roteiro mais fazem parecer um novelão do que qualquer outra coisa. Este filme me atraiu pela participação de Belém Rueda (também em Mar Adentro). A história é até interessante, já que se trata de pessoas que têm um dom natural de curar pacientes desenganados, pelo simples contato das mãos. Embora pareça algo sobrenatural, pode render bons filmes. Mas em Mãos que Curam, algumas falhas no roteiro não explicam direito o que realmente acontece, nem deixam aquela “pulga atrás da orelha” tão bem-vinda em filmes que têm o cuidado de não serem totalmente óbvios.
Dr. Diego é um médico que aprendeu a ser frio e calculista no contato com seus pacientes, até pela experiência de anos em lidar com mortes, sequelas e tragédias familiares. Por força do destino, uma paciente tenta suicídio, entra em coma e seu marido não se conforma. Essa família tem dons especiais, cruzam o caminho de Diego, que passa a ter também uma capacidade sobre-humana. Mas a cura é física e parece não acontecer com as pessoas com quem o médico tem vínculo emocional, como seu pai e sua filha. Em linhas gerais é isso. O filme tem mais cara de seriado, deixando entreabertas algumas falhas importantes que eu gostaria de ver esclarecidas no próximo episódio. Mas não vai rolar. Entendi a intenção do diretor Oskar Santos, mas o roteiro peca, os dados ficam no ar e o filme, sem um bom desfecho.
Comentários