QUANDO MEUS PAIS NÃO ESTÃO EM CASA – Ilo Ilo

Cartaz do filme QUANDO MEUS PAIS NÃO ESTÃO EM CASA – Ilo Ilo
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Opinião

Impossível não ver um pouco da realidade brasileira neste filme de Singapura. Empregadas domésticas vêm de outros estados em busca de trabalho, enquanto o que se vê na Ásia é uma migração entre países. Mais que isso: o que chama realmente a atenção é o vínculo que se estabelece entre os personagens, ao mesmo tempo em que outras relações se desmancham. Em formato de crônica, como um recorte de uma situação cotidiana, Quando Meus Pais Não Estão em Casa emociona.

Ilo Ilo, nome original do filme, é uma província das Filipinas, terra natal de Teresa. Essa moça deixa a família, inclusive um filho, para trabalhar com empregada doméstica em Singapura. Ao chegar, vai morar com uma família que vive um momento difícil: o pai está desempregado, a mãe trabalha muito e o único filho vive aprontando na escola. Com uma relação distante e tensa, os três não conseguem manter um bom relacionamento. Tudo isso agravado pelo momento de crise que vive o país, no final dos anos 1990.

A chegada de Teresa mexe nesse vespeiro e transforma as relações. É como se fosse a sua presença trouxesse à tona as angústias e as diferenças, mas também abrisse espaço para extravasar um carinho contido. Singelo e muito sensível, Ilo Ilo foi escrito e dirigido com base na experiência do diretor, que passou por uma vivência semelhante na infância. Concorreu ao Oscar de melhor filme estrangeiro em 2014 e venceu o prêmio Caméra D’or de Cannes. Merecido. Tem uma doçura particular, em meio a tantas crises e desentendimentos.

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