RETRATO DO AMOR – Photograph

Cartaz do filme RETRATO DO AMOR – Photograph

Opinião

Em Mumbai, um fotógrafo aborda os turistas, faz uma foto deles e imprime na hora. É assim que Rafi tenta ganhar um dinheiro pra pagar a dívida da família e é assim que conhece Miloni, uma moça tímida à espera do casamento arranjado pela família. Retrato do Amor tem esse nome sem imaginação – e, convenhamos, o original também não é lá grande coisa, mas é melhor.

Nem é grande coisa a narrativa. Ritesh Batra é também diretor do surpreendente The Lunchbox, que é original, saboroso e riquíssimo nos quesitos cultura e comportamento indianos. Retrato do Amor oscila muito, com dois personagens que não combinam – enquanto Rafi manda bem, é expressivo, um sujeito interessante, Miloni peca pela falta de engajamento, que poderia dar mais energia à história do não-casal que finge ser casal para agradar a avó e acaba achando graça na brincadeira. Morno demais, nessa Índia tão cheia de energia. Aliás, o que é mais bacana no filme é justamente o retrato do dia a dia, os hábitos, os mercados, as casas, numa direção de arte que nos coloca em cada um dos ambientes.

Filmes sobre a Índia que não focam na problematização do país são muito bem-vindos. Há pouco tivemos A Costureira de Sonhos – todos uma oportunidade de conhecer a realidade das pessoas que vivem uma vida normal, de estudo e trabalho, com família e amigos como qualquer pessoa, mas uma vida sem sofrimento.

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