SHINE – BRILHANTE

Cartaz do filme SHINE – BRILHANTE

Opinião

Vencedor do Bafta de melhor ator coadjuvante (prêmio da Academia Britânica de Cinema), por O Discurso do Rei, Geoffrey Rush é imbatível em Shine – Brilhante, quando ganhou o Oscar de melhor ator. Retratar o pianista australiano David Helfgott, que era brilhante na música, intenso na sua interpretação, porém frágil ao lidar com o autoritarismo do pai castrador, redeu-lhe um personagem único e inesquecível. Revi Shine justamente por causa dessa lembrança da figura forte e frágil, do talentoso pianista que só conseguiu se estabilizar e voltar a tocar em público graças à dedicação e afeto da esposa Gillian (Lynn Redgrave).

A história de David emociona, não só pela sua superação, mas por mostrar sem meias palavras as consequências dos maltratos que sofreu na infância. Oprimido e castigado por um pai frustrado e autoritário, ignorado por uma mãe submissa e completamente omissa, David desenvolve sua incrível habilidade musical, mas continua emocionalmente inseguro, confuso, perturbado emocionalmente, num quadro típico de esquizofrenia. Exigido ao extremo, seu sistema emocional entra em colapso e ele se torna um sujeito sem lugar na sociedade. Mais uma vez o cinema mostra uma história real, em que a recuperação da auto-estima e do talento só é possível através do apoio familiar, firme e amoroso, coerente e compreensivo. Vale a pena rever.

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