FILADÉLFIA – Philadelphia

Cartaz do filme FILADÉLFIA – Philadelphia

Opinião

O personagem de Tom Hanks sabe desde o começo que tem AIDS – não me lembrava disso. Assim, não se trata de descobrir que tem a doença, nem de revelar à família que é homossexual. Esse drama não pertence a nós, espectadores. Filadélfia é essencialmente o tribunal, a questão do preconceito contra o brilhante advogado Andrew Beckett (Tom Hanks, também em Forrest GumpSintonia de Amor, Tão Forte e Tão PertoCapitão Phillips).

Vale dizer que estamos no começo dos anos 90, quando milhares de casos apareciam no mundo todo, causando pânico nos grupos de risco e na sociedade em geral. Lembro de o filme chocar na época pela objetividade com que trata o assunto, que acaba por englobar não só o preconceito contra os portadores do HIV, como também contra homossexuais, afroamericanos, negros e outras minorias. Tom Hanks ganha o Oscar de melhor ator, mas conta com um parceiro à altura. Denzel Washington (também em O Livro de Eli) é seu advogado e com clareza pontua a manipulação, o interesse econômico e os direitos iguais de uma pessoa, independente de orientação sexual, comportamento ou raça.

Vale rever, principalmente agora que entra em cartaz o ótimo Clube de Compras Dallas, também sobre o tema. O assunto do preconceito ronda nosso dia a dia de maneira inclemente. E tem mais: a música Streets of Philadelphia, de Bruce Springsteen, é linda e levou o Oscar de melhor canção.

Trailers

Comentários